A realização de atividades que envolvam ações motoras de moderada a alta intensidade não mostram precisão em minimizar o grau de lesões, conseqüentemente, os riscos de lesões são inevitáveis. As lesões podem ser classificadas em duas categorias básicas: traumáticas e por excesso de uso.
As lesões traumáticas são acontecimentos súbitos, em que sabemos que alguma coisa saiu errada e sentimos efeitos imediatos, talvez dor, edema, escoriações. Elas podem ser extrínsecas, causa externa, como um golpe direto, uma torção brusca, quando se muda de direção, ou uma queda, e intrínsecas, sem uma causa óbvia, como o estiramento súbito da musculatura ou ruptura do tendão. As lesões por excesso de uso são mais sutis, porque se apresentam simplesmente como uma dos que aumenta aos poucos, diretamente associada a uma atividade repetitiva. Alguns esportes, como os de contato corporal e de combate, ginástica, asa delta, salto com esqui e o salto com vara por sua natureza, comportam um alto risco de lesão. Em relação ao treinamento de força os riscos de lesões são minimizados devido à segurança dos equipamentos e respeitar as limitações individuais, porém, a prescrição de exercícios sem base em evidências científicas maximiza estes riscos. Os exercícios de força são os mais eficientes para aumentarem os estímulos tróficos das áreas articulares, devido às sobrecargas e amplitudes controladas, e à ausência de impacto. Porém, este fato não deve ser levado em consideração quando abrange prescrições de programas de treinamento de forma errônea. O profissional atuante deve levar em consideração toda forma de estudos científicos na sua prescrição de treinamento, de forma a aumentar a segurança articular e evitar possíveis lesões nos clientes treinados ou destreinados.
Atletas e a população em geral participa de programas de força e aptidão física como parte da reabilitação após a lesão. O conhecimento dos profissionais da medicina esportiva das atividades com pesos em sala é crítico para o sucesso dos programas de reabilitação e a prevenção de lesões subseqüentes pelo treinamento com pesos. A academia possui sua própria cultura e língua que torna difícil a tradução da teoria para a prática. O encorajamento da mecânica correta de levantamento de pesos (tendo como base estrutural publicações cientifícas e não o conhecimento empírico) reduziria a incidência de lesões relacionadas ao treinamento em clientes, pacientes assim como em atletas sem lesão. Algumas modificações das atividades de levantamento de pesos para diversas lesões podem ser derivadas da anatomia, biomecânia, cinesiologia patomecânica, patologia e outras .
Os exercícios resistidos pesados com pesos livres não são um componente de programas de reabilitação e treinamento de todos atletas, entretanto, levantamentos básicos comuns são principais suportes de programa de força e condicionamento para muitos atletas e indivíduos visando saúde e qualidade de vida. O conhecimento dos profissionais da saúde das técnicas de exercício é necessário para ajudar atletas lesionados. Os profissionais devem utilizara as informações encontradas em artigos científicos que ajuda a alterar os programas de levantamento fornecendo proteção para articulações, tendões e músculos enquanto aumentam a performance física reduzindo os microtraumas para as articulações e reduzindo o esforço nos estabilizadores passivos e ativos. Os exercícios que tem relação alta risco/benefício devem ser eliminados de todos os programas, enquanto outros devem ser modificado e só usado para treinamento limitado e esporte específico.
FEES, M.; DECKER, T.; SNYDER-MACKER, L.; J. AXE, M.J. Upper Extremity Weight-Training Modifications for the injured Athlete THE AMERICAN JOURNAL OF SPORTS MEDICINE, Vol.26, No.5; 732-742
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