quinta-feira, 23 de abril de 2009

Estratégias adequadas na intervenção com atividade física para a perda de peso e prevenção da reincidência de ganho de peso em adultos.

Posicionamento do American College of Sports Medicine


Mais de 60% da população adulta é afetada por sobrepeso e obesidade, condições que estão associadas com uma variedade de doenças crônicas. A redução de peso diminui os riscos para a saúde associados com doenças crônicas, por isso é encorajada pelas principais agencias de saúde. As diretrizes da National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI) incentivam a redução de 10% do peso, embora, a literatura indique uma diminuição considerável do risco para saúde com 3% a 5% de redução de peso. A atividade física (AF) é recomendada como um componente para o gerenciamento na prevenção de ganho de peso, de perda de peso e na prevenção de reincidência do ganho de peso após a perda de peso. Em 2001 o American College of Sports Medicine (ACSM) publicou um posicionamento que recomendava um mínimo de 150 min.wk-1 de AF com intensidade moderada para adultos com sobrepeso e obesos para melhorar a saúde, embora, tenha sido recomendado de 200-300 min.wk-1 para perda de peso duradoura. Evidências mais recentes dão suporte a essa recomendação e indicam que mais AF pode ser necessária para prevenir a reincidência do ganho de peso depois da perda. Até aqui, nós examinamos as evidências de 1999 para determinar se existe um nível no qual a AF é efetiva para prevenção do ganho de peso, para a perda de peso e para a prevenção da reincidência do ganho de peso. As evidências dão suporte a afirmação de que a AF de intensidade moderada, entre 150 e 250 min.wk-1, é efetiva para prevenir ganho de peso. A AF de intensidade moderada entre 150 a 250 min.wk-1 irá fornecer apenas uma modesta perda de peso. Quantidades maiores de AF (>250 min.wk-1) têm sido associadas com perdas de peso clinicamente significante. AF de intensidade moderada entre 150 e 250 min.wk-1 melhorarão a perda de peso em estudos que usam dieta de restrição moderada, porém não em uma dieta com restrição severa.
Estudos transversais e prospectivos indicam que depois da perda de peso, a manutenção do peso melhora com AF >250 min.wk-1. Da mesma forma, não existe nenhuma evidência a partir de testes planejados adequadamente randomizados e controlados, que possibilite o julgamento da efetividade da AF para a prevenção da reincidência do ganho de peso depois da perda de peso. O treinamento resistido não aumenta a perda de peso, mas pode aumentar a massa magra e aumentar a perda de massa gorda, o que esta associado com a redução do risco para a saúde. Existem evidências que indicam que AF de resistência ou o treinamento resistido sem perda de peso diminui o risco para a saúde.





Appropriate Physical Activity Intervention Strategies for Weigth Loss and Prevention of Weight Regain for Adults. Position StandMed. Sci Sports Exercise 41 no2 F 2009, 459-472

terça-feira, 7 de abril de 2009

Academia Americana de Pediatria (AAP)


Treinamento de Força para Crianças e Adolescentes Conselho de Medicina Esportiva e Fitness

O treinamento de força (também conhecido por treinamento resistido) é um componente comum dos programas de atividades esportivas e condicionamento físico para pessoas jovens, embora alguns adolescentes possam utilizar o treinamento de força como um meio de aumentar o volume muscular para melhorar a aparência física. Os programas de treinamento de força podem incluir a utilização de pesos livres, máquinas, tiras elásticas, ou o próprio peso corporal da pessoa que está praticando o treinamento. A quantidade e a forma de resistência utilizada e a freqüência dos exercícios resistidos são determinadas por meio dos objetivos específicos do programa de treinamento.

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA
Adicionalmente aos benefícios evidentes (como aumentar a força muscular), os programas de treinamento de força podem ser utilizados na tentativa de melhorar o desempenho esportivo e prevenir lesões, reabilitar lesões, e/ou melhorar a saúde em longo prazo. Similar a outras modalidades de atividades físicas, o treinamento de força tem demonstrado um efeito benéfico em diversos marcadores de saúde mensuráveis, como a aptidão cardiovascular, composição corporal, densidade mineral óssea, perfil dos lípides sanguíneos e saúde mental (psicológica). Em crianças com paralisia cerebral, estudos recentes demonstraram alguns benefícios através do aumento da força muscular, funcionamento físico global e aumento na sensação de bem-estar. Em crianças que se encontram acima do peso, o treinamento resistido está sendo incorporado aos programas de controle do peso corporal como uma atividade que aumenta a taxa metabólica sem causar altos impactos. Similarmente às populações geriátricas, o treinamento resistido em crianças pode estimular o aumento da mineralização óssea, bem como apresenta efeitos positivos na densidade mineral óssea.
Diversos estudos têm demonstrado que o treinamento de força, praticado com a técnica de treinamento adequada e supervisão criteriosa, pode aumentar a força muscular em pré-adolescentes e adolescentes. A freqüência, o modelo (tipo de resistência adotada), a intensidade e a duração, todos contribuem para a criação de um programa de treinamento apropriado. Os aumentos na força ocorrem com praticamente todos os modelos de treinamento de força com uma duração mínima de 8 semanas e podem ocorrer com o treinamento realizado pelo menos uma vez por semana, embora os programas de treinamento efetuados duas vezes por semana possam ser mais benéficos.
Os programas de treinamento supervisionados adequadamente enfatizando o desenvolvimento do core (ou seja, que estejam focando a musculatura mais profunda (e estabilizadora) do tronco como os músculos abdominais, lombares e glúteos) também são adequados para as crianças e teoricamente auxiliam na aquisição de habilidades específicas às modalidades esportivas e no melhoramento do controle postural. Infelizmente, os ganhos decorrentes do treinamento resistido como força muscular, volume muscular, ou potência desaparecem cerca de 6 semanas após a interrupção do treinamento.
Os exercícios preventivos (pré-reabilitação) se referem aos programas de treinamento de força voltados às áreas comumente submetidas a lesões, tais como os exercícios designados para prevenir lesões (por utilização excessiva) em regiões como o manguito rotador e exercícios para a estabilização escapular, principalmente em modalidades esportivas que utilizam movimentos acima da cabeça. Existem evidências limitadas sugerindo que a pré-reabilitação possa auxiliar na redução das lesões em adolescentes, mas não se sabe se esta medida desempenha os mesmos benefícios em atletas pré-adolescentes, e não há evidências que o treinamento de força irá reduzir a incidência de lesões catastróficas relacionadas à prática esportiva em adolescentes. Pesquisas recentes sugerem uma possível redução nas lesões decorrentes da prática esportiva em estruturas como o ligamento cruzado anterior em garotas adolescentes que combinaram o treinamento resistido com exercícios específicos.

RISCOS DO TREINAMENTO DE FORÇA
Muito do que se conhece a respeito das lesões associadas com o treinamento de força foi fornecido pela Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor do Sistema Nacional de Vigilância Eletrônica de Lesões dos EUA, que estimou o número de lesões ligadas aos equipamentos de ginástica (musculação). Os dados fornecidos a partir do Sistema não especificam nem a causa da lesão, nem separa as lesões decorrentes da prática recreativa das lesões ocasionadas com a prática competitiva resultante do treinamento de força.
Aparentemente, os programas de treinamento de força adequados não possuem efeitos adversos no crescimento linear, nos discos epifisários ou no sistema cardiovascular, embora cautela deva ser adotada para aqueles jovens esportistas com histórico pré-existente de determinadas patologias.
Crianças que se encontram acima do peso corporal normal podem parecer mais fortes devido ao seu tamanho, mas frequentemente possuem um alto nível de descondicionamento e baixos níveis de força, necessitando da mesma supervisão criteriosa necessária em qualquer programa de treinamento resistido.

DIRETRIZES PARA O TREINAMENTO DE FORÇA. A avaliação médica da criança antes de iniciar um programa formal de treinamento de força pode identificar os fatores de risco para o surgimento de lesões e fornecer uma oportunidade de discutir lesões prévias, dores lombares, condições médicas, objetivos de treinamento, motivos para querer começar tal programa, técnicas de treinamento e expectativas a partir da própria criança e de seus pais. Os jovens devem ser lembrados que o treinamento de força é apenas uma pequena parte de um programa geral de condicionamento físico ou de atividades esportivas. Embora as pesquisas apóiem a segurança e a eficácia do treinamento de força para as crianças, o treinamento não é necessário ou adequado para qualquer criança.
Devido ao fato que a maturação dos sistemas relacionados ao balanço e ao controle postural ocorrem por volta dos 7-8 anos de idade, parece lógico que os programas de fortalecimento muscular não devam começar antes do desenvolvimento de tais habilidades. As crianças também devem avançar a certo nível de proficiência das habilidades em suas modalidades esportivas antes de participarem em um programa sério de treinamento de força para aumento da força muscular, para ocorrerem as adaptações em níveis significativamente potenciais.
Os ganhos de força podem ser adquiridos por meio de diversos métodos de treinamento de força e equipamentos; entretanto, a maioria das máquinas de treinamento de força e equipamentos de academias é designada para pessoas adultas e possuem graduações nas cargas que são incompatíveis para as crianças mais jovens. Os pesos livres requerem um melhor controle do balanço corporal e técnica, entretanto são menores e portáteis, permitem um aumento pequeno e gradual das cargas e podem ser utilizados para os movimentos específicos à modalidade esportiva escolhida.
A execução dos movimentos realizada de forma rápida e explosiva não é recomendada, já que são movimentos que exigem a adoção de técnica e segurança na execução. O esporte do levantamento de peso é distinto do treinamento de força convencional, pois envolve tipos específicos de levantamentos rápidos, tais como o arranque e o arremesso.
Pesquisas limitadas acerca do levantamento de pesos como modalidade esportiva tem revelado a participação de crianças sem apresentar um índice elevado de lesões35-37, e alguns programas apresentam um baixo índice por seguirem o princípio que para ocorrer um acréscimo na carga, a execução dos movimentos deve ser com a técnica correta, evitando assim o surgimento de lesões.
Assim como ocorre com o treinamento de força geral, a supervisão minuciosa e a aderência à técnica correta de execução dos movimentos são cruciais para um índice reduzido de lesões. Para avaliar os baixos níveis de lesões (devido ao fato que um número cada vez maior de jovens ingressam no levantamento de peso competitivo), a AAP continua hesitante para dar apoio à participação de crianças que se encontram, esqueleticamente falando, imaturas, bem como é contra o envolvimento de crianças no levantamento de força (básico), fisiculturismo, ou a adoção da técnica de 1 RM (1 repetição máxima) como meio de determinar o ganho de força muscular.
Para os propósitos deste artigo, as pesquisas referentes aos ganhos de força e as recomendações a respeito da participação de crianças envolvidas no levantamento de pesos aplicam-se especificamente à atividade do treinamento de força conjuntamente à participação nos programas de exercícios e modalidades esportivas.
Quando crianças e adolescentes são submetidos a um programa de treinamento de força, eles devem iniciar o treino com exercícios de baixa resistência, até que a aquisição da técnica seja perfeita. Os exercícios devem incluir todos os grupos musculares, incluindo os músculos do core (centro) e devem ser praticados por meio da amplitude completa de movimento para cada articulação. Para os ganhos em força muscular, as sessões de treinamento precisam durar pelo menos de 20 a 30 minutos, por 2 a 3 vezes por semana, e continuar com a progressão das cargas de treinamento ou repetições, conforme a força muscular aumenta. O treinamento de força praticado por mais de 4 vezes por semana não parece desempenhar efeitos adicionais e pode aumentar o risco para o surgimento de lesões por uso excessivo (overuse). A supervisão adequada é definida como a relação professor/aluno.
Os jovens que desejam melhorar suas habilidades esportivas geralmente obterão mais benefícios por meio da prática das habilidades específicas referentes às suas modalidades esportivas do que por meio do treinamento de força isoladamente, embora o treinamento de força deva ser parte de uma abordagem multifacetária do exercício e aptidão física. Se o objetivo em longo prazo for obter benefícios à saúde, então o treinamento de força deve ser combinado com um programa de treinamento aeróbico.

RECOMENDAÇÕES As técnicas adequadas de treinamento e as precauções relacionadas à segurança devem ser seguidas de maneira que o treinamento de força para as populações de pré-adolescentes e adolescentes seja seguro e eficaz. Antes de iniciar um programa de treinamento de força, é preciso reconhecer se ele é realmente necessário ou qual o nível de habilidade (proficiência) este jovem já adquiriu por meio da prática de sua atividade esportiva. A técnica apropriada e supervisão minuciosa por um instrutor qualificado são componentes críticos em qualquer programa de treinamento de força envolvendo pré-adolescentes e adolescentes.



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